A nossa equipa de investigação da Gi Life Sciences publicou recentemente o report Life Sciences European Workforce Outlook, que inclui informações interessantes sobre a forma como as empresas neste setor estão a trabalhar para atrair os talentos que precisam.
Gostaria de destacar algumas tendências de contratação que foram levantadas na nossa investigação, realizada em parceria com a empresa de análise do mercado de trabalho Lightcast. Abaixo estão alguns pontos que destacam o que os empregadores descreveram como os principais desafios quando se trata de mapear novos talentos e tomar decisões sobre contratações de talentos no sector das Life Sciences:

A escassez de competências e a falta de profissionais qualificados são um desafio

Atualmente, a procura por talentos especializados está a ultrapassar a oferta. Há uma notável escassez de competências em áreas como a IA, a saúde digital e as especialidades de cuidados a idosos. Entretanto, há uma série de novas oportunidades de carreira para as quais o mercado ainda não está preparado (com competências). A nossa análise dá conta de um rápido crescimento em funções emergentes, como os técnicos de neurodiagnóstico (+550%) e os especialistas em tratamento do cancro (mais 49% e 150%, dependendo do tipo). Entretanto, as funções tradicionais como os transportadores de doentes (menos 52,65%) estão a diminuir devido à automatização. Curiosamente, a procura por funções operacionais aumentou acentuadamente, especialmente na produção e gestão de fornecimentos relacionados com as tecnologias e serviços das Life Sciences. As novas alterações regulamentares e as mudanças das empresas para operações de nearshoring tiveram um impacto significativo na procura de novos talentos.

As alterações demográficas e as mudanças regionais são importantes

Quando se fala das principais regiões para as contratações em funções no setor das Life Sciences, a nossa análise mostra que o local onde o candidato trabalha é importante. Os centros tradicionais da Europa Ocidental (Alemanha, Suíça, França) continuam a ser fundamentais para as contratações no domínio das Life Sciences, mas os países da Europa Oriental (Bulgária, Hungria, Letónia) estão a emergir como fontes dinâmicas de talentos. Simultaneamente, a Irlanda tornou-se um centro importante devido ao seu equilíbrio de forças entre a biofarmacêutica, a tecnologia médica e a investigação. Por outro lado, a par da questão “Onde encontrar trabalho?” no sector das Life Sciences, há também a questão ”Quem está a ser contratado?” É importante notar que as mulheres representam uma parte significativa da força de trabalho (60%), mas continuam sub-representadas em cargos de liderança e técnicos. Além disso, o setor também se esforça por resolver problemas relacionados com o envelhecimento dos profissionais. Muitos trabalhadores mais velhos tendem a concentrar-se em funções técnicas e operacionais e ainda não estão totalmente habilitados para tarefas voltadas para o futuro e novas abordagens de trabalho orientadas para a IA.

Aumentar o match de talentos é uma via de dois sentidos

A análise também confirma alguns conselhos que as nossas equipas têm vindo a dar aos candidatos e empregadores há já algum tempo. É necessário envidar esforços de ambos os lados para encontrar os melhores talentos. As nossas equipas recomendam que tanto os candidatos como os empregadores se concentrem na melhoria das competências e na requalificação, enquanto os empregadores devem promover a contratação baseada em competências em vez de se forcarem apenas nos diplomas académicos tradicionais. É fundamental adotar modelos de força de trabalho flexíveis e diversificados, incluindo programas de orientação e desenvolvimento de liderança. Paralelamente a estes esforços, uma organização inteligente procurará aproveitar os grupos de talentos subutilizados, como os trabalhadores mais velhos e as mulheres em domínios técnicos, para colmatar a falta de talentos qualificados. A investigação aprofundada do mercado de trabalho (especificamente os esforços internos) e a procura atípica de talentos terão um valor crescente na nossa era de crescentes dificuldades em atrair talento e mismatch de competências. Nunca é demais salientar a necessidade de planeamento estratégico da força de trabalho e de investimento no desenvolvimento de talentos para enfrentar os desafios da indústria como forma de promover o crescimento.

Se está à procura de apoio para enfrentar desafios como estes, nós podemos ajudar.

Together, we bring science to life.

Partilhar a história