Vivemos numa era em que tudo é medido: resultados, objetivos, metas, trajetos, resumindo, somos um polo em que o sucesso e a ascensão profissional tornam-se imperativos. Numa cultura em que, felizmente, toda a panóplia de ações e tarefas que reúnam a pertinência e a objetividade dos recursos humanos são encaradas como uma mais valia no seio empresarial, destaca-se o conceito que está presente, em todas as revistas de especialidade, fóruns e culturas organizacionais: as medidas de incentivo e “descompressão” dos seus trabalhadores e o work life- balance.
Assistimos a uma crescente capacidade de as empresas solucionarem e disponibilizarem um conjunto de medidas que transformem, de forma positiva, o dia-a-dia do seu colaborador. Soluções que apostem no bem-estar, harmonia, equilíbrio entre colaborador/empregador, o que originará, indubitavelmente, numa maior integração, identificação cultural com a sua empresa e maior probabilidade em que a dicotomia sucesso pessoal/sucesso empresarial seja predominante. Desta forma, a produtividade poderá aumentar e o colaborador, de forma mais enraizada empresarialmente, poderá dispor de mais tempo para si e para os seus, fomentado os laços de amizade, família, etc.
Articular os nossos deveres profissionais com as nossas necessidades fora do escritório torna-se crucial para toda esta tricotomia empresa- trabalhador-vida pessoal. As empresas já apostam em medidas que visam implementar ambientes propícios, apostando também em alternativas que incutem estes mesmos princípios. O homeworking ocasional possibilita menor desgaste logístico para o trabalhador, facilitando a execução das suas tarefas no seu lar ou num outro local que lhe permita estar bem, a produzir, e quiçá, aumentar a sua produtividade.
Será este um conceito inovador, cujo impacto seja tão ressalvado como estudos indicam? Se pensarmos que o indivíduo, quando bem-recebido, integrado, estruturado, em coerência com a filosofia, modus operandi e metas da sua entidade patronal, consegue produzir, elevar-se e progredir-se de forma exponencial, a empresa ao conciliar medidas para que o esgotamento, desconforto e exaustão profissional não sejam uma realidade, só pode ser encarado como uma ação gratificante, gerindo o talento e facilitando o seu bem-estar pessoal.
Aliar o circulo pessoal e profissional tornou-se uma questão crucial, com vista ao próprio desenvolvimento e progressão da empresa. A salubridade física e mental do seu trabalhador é tão só uma das questões mais importante, sabendo que o resultado esperado assenta numa entrega e postura em que os objetivos, mesmo que difíceis de alcançar, sejam concretizados. Com estas iniciativas, o trabalhador acaba por ter mais equilíbrio entre a esfera pessoal e profissional, uma vez que conseguirá produzir mais, atingir os seus ideais, tendo como base mais tempo, menos desgaste, conciliando o melhor dos dois mundos.
Competitividade, sucesso, êxito, progressão, ascensão de carreira, crescimento pessoal e empresarial passam a ser vocábulos que, de mãos dadas com algumas medidas e visando o work life- balance, só poderão transparecer, objetivamente, na era atual, como o futuro de todas as instituições, originando assim um crescimento saudável e sustentável de todas as entidades empresariais. Colaboradores felizes, em concordância com os seus valores e ideais pessoais, podem transformar empresas, culminando numa hegemonia impar.
Natacha Cardoso
Consultant HR
Gi Group